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sábado, 28 de maio de 2011

A ESCOLA DE FRANKFURT X A ESCOLA DE CHICAGO

No final dos anos 20 e sobremodo na década de 1930, uma série de manifestações culturais – vinculadas a uma nascente indústria de lazer – emergia poderosamente, atingindo todos os segmentos sociais do mundo urbanizado. O rádio, o cinema e a música popular avançavam a grandes saltos. Começava-se a viver, então, a chamada Era da cultura de massas. Este novo fenômeno, a utilização dos novos meios de informação, capazes de atingir simultaneamente grandes camadas da população, para divulgar cultura e anúncios, mereceu sérios estudos de suas escolas de pensamento: uma conhecida como Escola de Chicago; e outra na Alemanha, chamada Escola de Frankfurt. A primeira, preocupada com a maneira como o homem interagiria com essas novas mídias, estudou apenas os aspectos técnicos e físicos dessa interação, sem entrar na questão de que tipo de conteúdo seria veiculado pelos novos meios de comunicação. Já a escola de Frankfurt estava preocupada essencialmente com o conteúdo, compondo terríveis manifestos contra a vulgarização da arte. São célebres os escritos de Adorno e Hockheimer contra a música popular, e o também clássico ensaio de Walter Benjamim contra a possibilidade de manter a aura das obras de arte uma vez que fossem reproduzidas e copiadas pelas novas técnicas de comunicação. A escola de Frankfurt foi responsável, também, por formular o conceito de Indústria cultural, que seria o modo como a sociedade capitalista manipularia os indivíduos, através dos meios de comunicação de massa, para anular-lhes as individualidades e a capacidade crítica, formando uma massa homogênea que consumiria com mais facilidade poucos produtos culturais, produzidos em larga escala como na indústria tradicional. O fato é que, enquanto a intelectualidade estava preocupada em discutir como utilizar essas novas mídias, governos, empresários e anunciantes, festejavam o espantoso crescimento do setor.

E para não perder o costume: 





3 comentários:

  1. Ótima explicação. Estudo Publicidade e Propaganda e estou vendo Escola de Chicago, Frankfurt e Funcionalismo em Teoria da Comunicação e acho muito interessante o modo como essas três teorias se conectam e relacionam. São estudos aprofundados sobre "ações" corriqueiras, como receber ou repassar informações. Parece simples, mas não é, ainda mais visto que foi estudado no início do século XX... Parabéns pelo texto.

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  2. Tenho grandes reservas à escola de Frankfurt. Acho que ela foi o foco dos estudos, adaptações e posteriores introduções da cultura marxista no mundo. Um engodo fácil de cair e hoje estamos mergulhados nele, pensamento único formado, estudos que levam de nenhum lugar a lugar nenhum. A arte Ocidental esta pedindo socorro, onde há influencia destas teorias há enorme atrofia cerebral. Violência em disparada por influência clara disso aí. Em quase todos os ramos do conhecimento está se metendo. Criaram na Universidade Federal do ABC, na grade curricular, uma disciplina chamada - afromatemática, o que seria isso? "Um dos objetivos é “romper com os moldes da educação reprodutora do racismo”" diz a instituição responsável, é o cúmulo da sandice. Pior que poucos acordam para a realidade.

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    1. O pior cego é aquele que não quer ver o que acontece ao seu redor, talvez por isso o seu incômodo com os estudos das relações capitalistas e seus efeitos na sociedade.

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