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sábado, 28 de maio de 2011

DESTRUIÇÃO DA "AURA" / VALOR DE CULTO x VALOR DE EXPOSIÇÃO

A aura de uma obra de arte não está presente nas suas cópias e reproduções.
A reprodução que nos é fornecida pela tecnologia trouxe-nos muitas possibilidades. Agora podemos ter um conhecimento mais abrangente, ver obras de arte que se encontram no outro lado do mundo sem nos deslocarmos e até mesmo aumentar os aspectos que nos captam mais a atenção nessas obras. Conseguimos apreciá-las, mas falta qualquer coisa! Walter Benjamin definiu essa “coisa” que falta. Chamou-lhe “aura”. Para ele, o original de uma obra de arte é dotado de um hic et nunc, um “aqui e agora” que garante a sua autenticidade. O fato de ter sido produzido apenas um exemplar, num momento e lugar específico, numa dada circunstância e por um autor que nos é especial, acaba por fazer com que atribuamos ao objeto uma aura. É essa aura que dá à obra de arte o seu caráter único.




A produção artística começa com imagens a serviço da magia. Uma questão importante nessas imagens era que elas existiam e não eram vistas. À medida que as obras de arte se emancipam do seu ritual, aumentam as ocasiões para que elas sejam expostas, e o seu valor de exposição atribui-lhe funções inteiramente novas, entre as quais a ‘artística’ é colocada em segundo plano. Benjamin afirma que o cinema fornece a base mais útil para examinar a questão, da refuncionalização da arte.

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